quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PEQUENOS POEMAS DO FUNDO DO BAÚ




Para o céu

ou para o inferno?

Será verão?

Será inverno?

Com que roupa

Eu vou?



não sou poeta
apenas ajo
reajo e escrevo
no triste vácuo
que sempre fica
depois da dor

Urgente é a poesia

com seus versos livres

e sem medidas

Desmedida ânsia

incontida espera

urgente vida


Primavera, verão, outono, inverno
eis o ciclo a se cumprir
desde que não sejamos poetas.

Se os somos, tudo então se subverte
e tudo se inverte em nós...

Até o Tempo enlouquece.

Diferenças e distâncias se desfazem
neste louco emaranhado de estações:
fruto antecedendo à flor
amor primaveril
hibernando em cápsulas
de verão...


darci borges





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