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nossos velhos espelhos
já não nos fazem promessas
e umas rugas a mais
nos cantos dos olhos
nos lembram
que é preciso ter pressa
vou deixar a luz de fora sempre acesa
e se você vier numa noite dessas qualquer
vou fingir que é verdade
a falsidade da minha surpresa
me encosta na boca o seu beijo cansado
deixemos que os nossos corpos se entendam
e possam falar por todas as inúteis palavras
(julgamentos, acusações, culpa, pecado...)
porque aquelas
tão ansiosamente esperadas
não se fazem mais urgentes
agora
que tudo (não juremos, por favor!)
é sem mágoa...
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