não só ver
mas
sorver
a overdose do verso
........................................................
em volta da luz a mariposa bêbada passeia
seus círculos inconsequentes
em torno de você também circulo
e da sua luz me embriago mortalmente
.......................................................
essas florzinhas de beira de estrada
nascem
existem
para serem só flores se dando
às travessuras de meninos
ou à impunidade de mãos enamoradas
.......................................................
os gestos
eu os refreio
a voz
eu a amordaço
o olhar eu tapo
e os pensamento entretenho
com pensamentos diversos
mas
com os sentimentos
o que é que faço
além de versos?
.....................................................
cálida
quieta
calada
cai a morte sobre nós
como cai o pano entre o palco e a plateia
ao final de cada ato dessa peça
quase nunca convenientemente ensaiada
quase sempre mal vivida...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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Darci, olá!
ResponderExcluirAqui estou eu a dar-lhe conta da minha visita a este seu cantinho de emoções escritas.
Dos versos que li, embora tenha gostado de todos, realço o último que, para mim, está simplesmente perfeito na forma de dizer a morte... tal como ela se nos apresenta, tão implacável, na hora por ela escolhida!
Beijo deste lado do oceano
Muito boa a seleção grande Darça, fico feliz por ver que essas belas palavras agora estão ao alcance dos nossos (leitores) olhos...
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